segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A sorte de encontrar uma mulher sensacional!

Ela é sensacional, tão naturalmente sensacional que nem mesmo se dá conta disso. Aquele sorriso é vício.  É heroína e paraíso. Ela transita entre todos os tipos e estilos de pessoas com tanta graça quanto uma bailarina do Bolshoi.

Independentemente se do Terraço Itália ou da laje na favela, o importante pra ela é conseguir ver o céu. Ela não tá nem aí pro seu perfume caro; sua camisa de grife ou se o seu carro é importado ou não.

Ela tem seus próprios projetos; desejos e sonhos. Pode até te incluir em alguns deles, mas não se importa nem um pouco se você vai segui-los ou não. Ela é do tipo bonita demais para morrer e selvagem demais para viver.

Ela é do tipo louca demais para caber em um mundo tão quadrado, pois não foi feita para viver em uma caixa de sapatos.

Ela quer mais, muito mais. Ela corre atrás do que quer, mas não precisa pisar em ninguém para alcançar seus objetivos. Ela tem em si desejos e sonhos demasiadamente grandes para caberem dentro de um peito onde se coleciona corações.

Você até perde a noção do tempo quando está com ela e conversar com essa mulher tão cheia de vida, experiências e bagagens é como viajar em um mundo completamente novo sem sair do lugar. Um mundo que pode assustar às vezes e se você não estiver devidamente preparado vai deixá-la passar. E isso vai acontecer porque os seus amigos – e os dela também – já sabem que você vai precisar de muitas viagens pra carregar toda aquela areia.

Ela sabe disso e você também. Ela é livre pra ir, mas se ela decidir ficar, não ouse desperdiçar a chance, pois não é todo o dia que a gente tem a sorte de conhecer uma mulher sensacional. Dessas que faz todos sonhos parecerem possíveis. Dessas que você ama sem motivo certo. Ela é intensa misturando puro caos e drama.

Bela; descabelada e do bar. Ela é a combinação perfeita. De doce; salgado e uma pitada de pimenta: o tempero perfeito. Se ela fosse uma musica, seria uma mistura de rock e samba.

Dessas que fascina com o sorriso; com o olhar; com o seu psicológico e com a coisa toda, pois depois que uma dessas passa na sua vida você pode ate tentar encontrá-la em alguns outros abraços, mas eles parecerão tão banais e todas as outras vão parecer tão normais.

Meu amigo, se tiver a sorte de encontrar uma mulher sensacional, não a deixe escapar jamais! Nem adianta procurar…

Depois dela os dias são iguais e os todos os outros sorrisos tão sem graça e por mais que você tente encontrá-la em outros olhares, sorrisos e gestos, tudo aquilo que era tão particularmente nela, você não vai achar. Ela tem alma livre, leve igual pipa avoada sem direção e rumo certo…

Ela não é pra quem fica em cima do muro, ela é para os corajosos. Se uma mulher assim aparecer em sua vida, você vai ser corajoso o suficiente para subir no telhado ou terá medo de cair e se machucar?

Fonte: O SEGREDO - Carla Rocha

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

VANTAGENS DE TER 50 ANOS...OU MAIS....

Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa.  Enquanto fui envelhecendo tornei-me mais amável para mim e menos crítico de mim mesmo.  Eu me tornei meu próprio amigo ...

Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou pela compra de algo bobo que eu não precisava.

Eu tenho o direito de ser desarrumado, de ser extravagante.

Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento. 

Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia?  Eu dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 & 70, e se eu, ao mesmo tempo,  desejar chorar por um amor perdido ...  Eu vou.

Se eu quiser, vou andar na praia em um short excessivamente esticado sobre um corpo decadente e mergulhar nas ondas com abandono, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.

Eles também vão envelhecer.

Eu sei que sou às vezes esquecido, mas há algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.

Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode seu coração não se quebrar quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro?

Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão.  Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Sou abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos e ter os risos da juventude  gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.

Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.

Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo.  Você se preocupa menos com o que os outros pensam.  Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errado.

Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velho.
Eu gosto da pessoa que me tornei. Não vou viver para sempre, mas enquanto ainda estou aqui, não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será.

E, se me apetecer, vou comer sobremesa todos os dias.

Fará bem para sua cabeça.


autor desconhecido - fonte mais antiga que achei: boaspraticasfarmaceuticas

domingo, 20 de novembro de 2016

Conheça o PIB (Perfeito Idiota Brasileiro)

Ele fura fila. Ele estaciona atravessado. Acha que pertence a uma casta privilegiada. Anda de metrô - mas só no exterior. Conheça o PIB (Perfeito Idiota Brasileiro). E entenda como ele mantém puxado o freio de mão do nosso país

Ele não faz trabalhos domésticos. Não tem gosto nem respeito por trabalhos manuais. Se puder, atrapalha quem pega no pesado. Trata-se de uma tradição lusitana, ibérica, reproduzida aqui na colônia desde os tempos em que os negros carregavam em barris, nos ombros, a toilete dos seus proprietários, e eram chamados de “tigres” – porque os excrementos lhes caíam sobre as costas, formando listras. O Perfeito Idiota Brasileiro, ou PIB, também não ajuda em casa. Influência da mamãe, que nunca deixou que ele participasse das tarefas – nem mesmo pôr ou tirar uma mesa, nem mesmo arrumar a própria cama. Ele atira suas coisas pela casa, no chão, em qualquer lugar, e as deixa lá, pelo caminho. Não é com ele. Ele foi criado irresponsável e inconsequente. É o tipo de cara que pede um copo d’água deitado no sofá. E não faz nenhuma questão de mudar. O PIB é especialista em não fazer, em fazer de conta, em empurrar com a barriga, em se fazer de morto. Ele sabe que alguém fará por ele. Então ele se desenvolveu um sujeito preguiçoso. Folgado. Que se escora nos outros, não reconhece obrigações e adora levar vantagem. Esse é o seu esporte predileto – transformar quem o cerca em seus otários particulares.

O tempo do Perfeito Idiota Brasileiro vale mais que o das demais pessoas. É a mãe que fura a fila de carros no colégio dos filhos. É a moça que estaciona em vaga para deficientes no shopping. É o casal que atrasa uma hora para um jantar com amigos. As regras só valem para os outros. O PIB não aceita restrições. Para ele, só privilégios e prerrogativas. Um direito divino – porque ele é melhor que os outros. É um adepto do vale-tudo social, do cada um por si e do seja o que Deus quiser. Só tem olhos para o próprio umbigo e os únicos interesses válidos são os seus.

O PIB é o parâmetro de tudo. Quanto mais alguém for diferente dele, mais errado esse alguém estará. Ele tem preconceito contra pretos, pardos, pobres, nordestinos, baixos, gordos, gente do interior, gente que mora longe. E ele é sexista para caramba. Mesma lógica: quem não é da sua tribo, do seu quintal, é torto. E às vezes até quem é da tribo entra na moenda dos seus pré-julgamentos e da sua maledicência. A discriminação também é um jeito de você se tornar externo, e oposto, a um padrão que reconhece em si, mas de que não gosta. É quando o narigudo se insurge contra narizes grandes. O PIB adora isso.

O PIB anda de metrô. Em Paris. Ou em Manhattan. Até em Buenos Aires ele encara. Aqui, nem a pau. Melhor uma hora de trânsito e R$ 25 de estacionamento do que 15 minutos com a galera do vagão. É que o Perfeito Idiota tem um medo bizarro de parecer pobre. E o modo mais direto de não parecer pobre é evitar ambientes em que ele possa ser confundido com um despossuído qualquer. Daí a fobia do PIB por qualquer forma de transporte coletivo.

Outro modo de nunca parecer pobre é pagar caro. O PIB adora pagar caro. Faz questão. Não apenas porque, para ele, caro é sinônimo de bom. Mas, principalmente, porque caro é sinônimo de “cheguei lá” e “eu posso”. O sujeito acha que reclamar dos preços, ou discuti-los, ou pechinchar, ou buscar ofertas, é coisa de pobre. E exibe marcas como penduricalhos numa árvore de natal. É assim que se mostra para os outros. Se pudesse, deixaria as etiquetas presas ao que veste e carrega. O PIB compra para se afirmar. Essa é a sua religião. E ele não se importa em ficar no vermelho – preocupação com ter as contas em dia, afinal, é coisa de pobre.

O PIB também é cleptomaníaco. Sua obsessão por ter, e sua mania de locupletação material, lhe fazem roubar roupão de hotel e garrafinha de bebida do avião e amostra grátis de perfume em loja de departamento. Ele pega qualquer produto que esteja sendo ofertado numa degustação no supermercado. Mesmo que não goste daquilo. O PIB gosta de pagar caro, mas ama uma boca-livre.

E o PIB detesta ler. Então este texto é inútil, já que dificilmente chegará às mãos de um Perfeito Idiota Brasileiro legítimo, certo? Errado. Qualquer um de nós corre o risco de se comportar assim. O Perfeito Idiota é muito mais um software do que um hardware, muito mais um sistema ético do que um determinado grupo de pessoas.

Um sistema ético que, infelizmente, virou a cara do Brasil. Ele está na atitude da magistrada que bloqueou, no bairro do Humaitá, no Rio, um trecho de calçada em frente à sua casa, para poder manobrar o carro. Ele está no uso descarado dos acostamentos nas estradas. E está, principalmente, na luz amarela do semáforo. No Brasil, ela é um sinal para avançar, que ainda dá tempo – enquanto no Japão, por exemplo, é um sinal para parar, que não dá mais tempo. Nada traduz melhor nossa sanha por avançar sobre o outro, sobre o espaço do outro, sobre o tempo do outro. Parar no amarelo significaria oferecer a sua contribuição individual em nome da coletividade. E isso o PIB prefere morrer antes de fazer.

Na verdade, basta um teste simples para identificar outras atitudes que definem o PIB: liste as coisas que você teria que fazer se saísse do Brasil hoje para morar em Berlim ou em Toronto ou em Sidney. Lavar a própria roupa, arrumar a própria casa. Usar o transporte público. Respeitar a faixa de pedestres, tanto a pé quanto atrás de um volante. Esperar a sua vez. Compreender que as leis são feitas para todos, inclusive para você. Aceitar que todos os cidadãos têm os mesmos direitos e os mesmo deveres – não há cidadãos de primeira classe e excluídos. Não oferecer mimos que possam ser confundidos com propina. Não manter um caixa dois que lhe permita burlar o fisco. Entender que a coisa pública é de todos – e não uma terra de ninguém à sua disposição para fincar o garfo. Ser honesto, ser justo, não atrasar mais do que gostaria que atrasassem com você. Se algum desses códigos sociais lhe parecer alienígena em algum momento, cuidado: você pode estar contaminado pelo vírus do PIB. Reaja, porque enquanto não erradicarmos esse mal nunca vamos ser uma sociedade para valer.

*Adriano Silva, jornalista e publicitário, foi diretor de redação da SUPER entre 2000 e 2005. (5 nov 2014, 22h00 - Atualizado em 31 out 2016, 18h26)

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Não se desespere, espere. Não se canse, descanse…

Pra viver melhor…
Não se preocupe, se ocupe.
Ocupe seu tempo, ocupe seu espaço, ocupe sua mente.
Não se desespere, espere.
Espere a poeira baixar, espere o tempo passar, espere a raiva desmanchar.
Não se indisponha, disponha.
Disponha boas palavras, disponha boas vibrações, disponha sempre.
Não se canse, descanse.
Descanse sua mente, descanse suas pernas, descanse de tudo.
Não menospreze, preze.
Preze por qualidade, preze por valores, preze por virtudes.
Não se incomode, acomode
Acomode seu corpo, acomode seu espirito, acomode sua vida.
Não desconfie, confie.
Confie no seu sexto sentido, confie em você, confie em Deus.
Não se torture, ature.
Ature com paciência, ature com resignação, ature com tolerância.
Não pressione, impressione.
Impressione pela humildade, impressione pela simplicidade, impressione pela elegância.
Não crie discórdia, crie concórdia.
Concórdia entre nações, concórdia entre pessoas, concórdia pessoal.
Não maltrate, trate bem.
Trate bem as pessoas, trate bem os animais, trate bem o planeta.
Não se sobrecarregue, recarregue.
Recarregue suas forças, recarregue sua coragem, recarregue sua esperança.
Não atrapalhe, trabalhe.
Trabalhe sua humanidade, trabalhe suas frustrações, trabalhe suas virtudes.
Não conspire, inspire.
Inspire pessoas, inspire talentos, inspire saúde.
Não se apavore, ore.
Ore a Deus, ore aos santos, ore às forças e as energias.
Somente assim viveremos dias melhores.

Então não perca tempo, aproveite seu tempo!

Fonte: Bruno Pitanga - Doutor em neuroimunologia, neurocientista, professor universitário, palestrante e espiritualista. Link plataforma lattes: http://lattes.cnpq.br/8693024135095953. E-mail para contato: pitangabruno@gmail.com

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

julgamento injusto de quem tem um rei na barriga

O Último Rei da comunidade tinha dez cães selvagens. Ele usava para torturar e comer qualquer um dos seus servidores que cometesse um erro.

Um dos servos disse algo errado e o rei já não gostava dele. Então ele ordenou que o servo deveria ser jogado aos cães.

O servo disse: "Eu o servi por dez anos, e você faz isso comigo por favor me dê dez dias antes de me jogar aos cães?" E o rei lhe concedeu.

Nesses dez dias, o servo foi para o guarda que lida com cães e disse que gostaria de servir os cães durante os próximos dez dias. O guarda estava confuso, mas concordou e ao servo foi dedicado a alimentar os cães, limpeza, e banhar-los com todo o conforto para eles.

Quando os dez dias acabaram, o rei ordenou que o servo fosse jogado aos cães como punição.

Quando foi lançado, todo mundo ficou surpreso ao ver apenas os cães vorazes lamber os pés do servo!

O rei, perplexo com o que estava vendo, disse: "O que aconteceu com meus cães?"

O servo respondeu: "Eu servi os cães apenas dez dias e não esqueceram os meus serviços, no entanto, eu o servi por dez anos e você se esqueceu de tudo, no meu primeiro erro."

O rei percebeu seu erro e ordenou que o servo fosse salvo ".

Dedicado a todos aqueles que se esquecem as coisas boas que uma pessoa fez por eles e assim que a pessoa comete um erro, eles há a condenam.

fonte: Daniel Marques

PELOS DIREITOS DOS MENINOS


Que nenhum menino seja coagido pelo pai a ter a primeira relação sexual da vida dele com uma prostituta (isso ainda acontece muito nos interiores do Brasil!)

Que nenhum menino seja exposto à pornografia precocemente para estimular sua “macheza” quando o que ele quer ver é só desenho animado infantil (isso acontece em todo lugar!)

Que ele possa aprender a dançar livremente, sem que lhe digam que isso é coisa de menina.

Que ele possa chorar quando se sentir emocionado, e que não lhe digam que isso é coisa de menina.

Que não lhe ensinem a ser cavalheiro, mas educado e solidário, com meninas e com os outros meninos também.

Que ele aprenda a não se sentir inferior quando uma menina for melhor que ele em alguma habilidade específica – já que ele entende que homens e mulheres são igualmente capazes intelectualmente e não é vergonha nenhuma “perder” para uma menina em alguma coisa.

Que ele aprenda a cozinhar, lavar prato, limpar o chão para quando tiver sua casa poder dividir as tarefas com sua mulher – e também ensinar isso aos seus filhos e filhas.

Na adolescência, que não lhe estimulem a ser agressivo na paquera, a puxar as meninas pelo braço ou cabelos nas boates, ou a falar obscenidades no ouvido de uma garota só porque ela está de mini-saia.

Que ele não tenha que transar com qualquer mulher que queira transar com ele, que se sinta livre para negar quando não estiver a fim – sem pressão dos amigos.

Que ele possa sonhar com casar e ser pai, sem ser criticado por isso. E, quando adulto, que possa decidir com sua mulher quem é que vai ficar mais tempo em casa – sem a prerrogativa de que ele é obrigado a prover o sustento e ela é que tem que cuidar da cria.

Que, ao longo do seu crescimento, se ele perceber que ama meninos e não meninas, que ele sinta confiança na mãe – e também no pai! – para falar com eles sobre isso e ser compreendido.

Que todo menino seja educado para ser um cara legal, um ser humano livre e com profundo respeito pelos outros. E não um machão insensível! Acredito que se todos os meninos forem criados assim eles se tornarão homens mais felizes. E as mulheres também serão mais felizes ao lado de homens assim. E o mundo inteiro será mais feliz.

O machismo não faz mal só às mulheres, mas aos homens também, à humanidade toda.

Meu ativismo político é a favor da alegria. Só isso.

Por Sílvia Amélia de Araujo
Imagem: filme Meninos de Kichute de Guta Galli
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NOTA:

Todo ser humano é livre para pensar e agir, e aos jovens é dado o direito de divergir do status quo, propondo alternativas para um mundo melhor. Adilson Di

MOTIVAÇÃO PARA COMPARTILHAMENTO:

A publicação deste texto é uma homenagem ao jovem estudante de matemática Guilherme Silva Neto, 20 anos, que foi assassinado pelo pai após mais uma de suas eternas discussões sobre os estilos de vida diferentes. O jovem da geração z querendo um mundo melhor sob sua ótica e seu pai da geração Baby Boomer querendo o melhor para o filho sob sua ótica. Vejam matéria do G1 sobre o assunto:

TRECHOS DESTACADOS DA REPORTAGEM

"Os familiares disseram que o pai sofria de depressão, mas ele e o filho sempre discutiam por conta do estilo de vida do rapaz, que participava de movimentos sociais e movimentos estudantis, e o homem não aceitava”, destacou."

"Alexandre não concordava com o comportamento e o modo de ser do filho, considerado "alternativo e revolucionário". Guilherme era ligado a movimentos sociais, incluindo as ocupações de escolas contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que estabelece teto para o aumento dos gastos públicos."

"Em uma conta nas redes sociais, Guilherme demonstrava interesse em assuntos ligados à questões sociais e política. Além disso, ele também participava de comunidades de assuntos como o fim da cultura do estupro, legalização do aborto e se posicionava contra a gestão de Organizações Sociais (OSs) na Educação."

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O LOBO SEMPRE SERÁ MAU SE SÓ OUVIRMOS CHAPEUZINHO VERMELHO

Nem tudo que ouvimos é verdade. Sabemos disto e portanto precisamos nos acostumar à incerteza que isto produz. Somos conscientes de que por trás de palavras amáveis às vezes se escondem interesses obscuros ou manipulações perspicazes. Por outro lado também sabemos que não é bom confundir a verdade com a opinião da maioria.

Filósofos clássicos como Platão e Aristóteles definiam a verdade como aquilo que corresponde à realidade. Agora o verdadeiro problema está em que a verdade é como um cristal com muitos lados que pode ser analisado de diferentes perspectivas. A minha verdade não será igual a sua, porque eu vejo o mundo através da minha experiência pessoal, das minhas emoções e das minhas tendências.

Nem tudo que ouvimos é verdade, mas costuma-se dizer que a verdade sempre triunfa por si mesma porque a mentira precisa de muitos cúmplices.

Com freqüência ouvimos essa expressão que diz “o lobo sempre será cruel se só ouvirmos Chapeuzinho Vermelho” e, se bem é verdade que não é bom dar por certa uma opinião ouvindo apenas uma voz, às vezes uma única pessoa abriga em si mesma uma verdade autêntica. Portanto, é necessário saber intuir e discernir o simples barulho da nobre franqueza.

O inquietante problema da verdade em tudo o que ouvimos

Chimamanda Ngozi Adichie é uma jovem escritora nigeriana de grande sucesso graças a livros como “Meio sol amarelo”. Em muitas das suas palestras ela costuma falar de um conceito interessante que denominou de “o perigo das histórias únicas”.

Adichie comenta como é angustiante ter que lidar com determinados discursos minoritários capazes de influenciar as grandes massas sobre aspectos que nem sequer conhecem. No seu caso, precisa corrigir todo dia aqueles que pensam que Nigéria é somente um pais de leões e girafas habitado por povos primitivos e selvagens.

  • As pessoas costumam ter a sensação de que as ideias que mantemos e defendemos são A VERDADE e que chegamos a elas por acaso.
  • Na verdade, tais construções psicológicas estão determinadas pelos ESTEREÓTIPOS assumidos e por tendências de valor adquiridas quase de forma inconsciente por muitas dessas “histórias únicas”.
  • É preciso saber reconhecer todas essas verdades impostas, esses estereótipos que internalizamos, e compreender que a nossa realidade é feita de vários pontos de vista, vozes e casos peculiares que levam em si mesmos a beleza dos nossos mundos.

Embora a verdade seja diminuta, continua sendo a verdade

Talvez somente Chapeuzinho possa nos revelar as más intenções do lobo, talvez somente ela levante a sua voz sobre o resto, mas como acontece muitas vezes na nossa sociedade, a verdade sempre costuma estar no coração da minoria. A falsidade, por sua vez, defendida pelas grandes massas, é mais fácil de ser assumida, pois “nos torna pessoas comuns”.

O perigo do conformismo

Solomon Asch foi um célebre psicólogo que, através de suas experiências sociais, demonstrou que nos deixamos influenciar pela opinião da maioria mesmo que esta esteja errada e o fazemos por simples conformismo.

Por trás desse comportamento tão comum em muitos dos nossos contextos sociais está na verdade um instinto ancestral do ser humano, esse que nos serviria para não sermos excluídos ou marginalizados da “grande massa”. Para nossos antepassados, sentir-se isolado implicava às vezes a “não sobrevivência”.

O poder dos grupos pequenos

Temos certeza de que depois de ler estas explicações você pensará que o problema de tudo está no peso dos grandes grupos sociais (políticos, mídia, grande organizações ocultas…), aqueles que nos fazem assumir certas ideias como certas quando na verdade não o são.

Agora, os psicólogos Tajfel, Billing, Bundy e Flament (1971) definiram o que se conhece como grupo mínimo para explicar como muitas vezes nossos próprios “micro mundos” familiares, de amizade ou de trabalho nos transmitem suas preferências, suas ideias e estereótipos de uma forma tão sutil, que os vamos integrando quase sem perceber.

A verdade está dentro de você

Pensar que a solução para os nossos problemas, assim como a verdade de todas as coisas, está no nosso interior é sem dúvida um pouco complicado de reconhecer. A nossa mente está cheia de preconceitos, medos e atitudes limitantes misturadas, por sua vez, a esse barulho exterior que a vida moderna nos traz.

  • Segundo vários textos da Grécia Antiga, no templo de Apolo em Delfos havia uma frase inscrita que sobreviveu ao passar do tempo. Era a seguinte: “Conheça a si mesmo e você conhecerá os deuses e o universo”.
  • Estas palavras nos dão um exemplo claro do que implica o autoconhecimento: é ter uma forte autoestima para saber procurar a nossa própria verdade sem cair no conformismo. É saber ouvir e empatizar com os outros para compreender o próximo assim como compreendemos a nós mesmos, e entender assim a realidade de tudo que nos rodeia. Sem medos e com sentido crítico.

A verdade está pensada somente para os corajosos, para os que ouvem, para os que se atrevem a perguntar e para aqueles que, com coração nobre, desejam conhecer a sensibilidade deste mundo.


Fonte: A MENTE MARAVILHOSA - autora: Valéria Amado